quinta-feira, 14 de abril de 2016

Vamos fazer um terrário?

     Os alunos dos 6os anos A e B da EMEF Benedito Montenegro, no ano de 2016, realizaram a atividade prática sobre o terrário, na aula de Ciências com as professoras Maria Helena Pereira e Angélica Ramos Dezotti. Nesta atividade os alunos tiveram a oportunidade de observarem o funcionamento de um micro ecossistema.
     Um terrário consiste numa miniatura de jardim, e traz consigo a natureza para um ambiente mais próximo de nós. Depois de estabelecido dentro do recipiente, ele se autorregula. É como uma miniatura do planeta Terra, uma composição entre seres vivos e não vivos, onde podemos observar, de forma simplificada, o equilíbrio da natureza através dos ciclos da água e do ar.
     As plantas são os únicos seres vivos que produzem seu próprio alimento utilizando a luz, a água, os sais minerais encontrados no solo e o gás carbônico presente no ar. Esse processo chama-se fotossíntese e através dele a planta produz a glicose, que sua fonte de energia, e libera oxigênio na atmosfera. Na respiração ocorre o inverso. Utilizando a energia que é metabolizada as plantas captam o oxigênio liberado na fotossíntese e liberam o gás carbônico para a atmosfera. Assim as plantas são capazes de sobreviver num recipiente fechado.
     Quando há um aumento de temperatura, a água utilizada na rega do terrário evapora e junta-se à água resultante da transpiração das plantas, formando o vapor d’água. Esse vapor condensa-se nas paredes e na tampa do terrário e como uma chuva volta para o solo irrigando as plantas.

     A atividade toda está descrita em outra postagem do blog:

Os alunos montando seus terrários:








Fotos: Gloria  6º A e Gabriel 6º B




Atividade prática: Terrário

Um terrário consiste numa miniatura de jardim, e traz consigo a natureza para um ambiente mais próximo de nós. Depois de estabelecido dentro do recipiente, ele se autorregula, transformando-se numa bela peça decorativa e dispensando cuidado constantes.
Um terrário é uma forma de cultivar plantas em um ambiente fechado onde é possível simular seu ambiente natural, oferecendo às plantas condições favoráveis para que se desenvolvam. No terrário podemos observar o desenvolvimento dos vegetais e sua manutenção em um sistema autossuficiente.
É como uma miniatura do planeta Terra, uma composição entre seres vivos e não vivos, onde podemos observar, de forma simplificada, o equilíbrio da natureza através dos ciclos da água e do ar.
As plantas são os únicos seres vivos que produzem seu próprio alimento utilizando a luz, a água, os sais minerais encontrados no solo e o gás carbônico presente no ar. Esse processo chama-se fotossíntese e através dele a planta produz a glicose, que sua fonte de energia, e libera oxigênio na atmosfera. Na respiração ocorre o inverso. Utilizando a energia que é metabolizada as plantas captam o oxigênio liberado na fotossíntese e liberam o gás carbônico para a atmosfera. Assim as plantas são capazes de sobreviver num recipiente fechado.
Quando há um aumento de temperatura, a água utilizada na rega do terrário evapora e junta-se à água resultante da transpiração das plantas, formando o vapor d’água. Esse vapor condensa-se nas paredes e na tampa do terrário e como uma chuva volta para o solo irrigando as plantas.
Os temas que podem ser estudados ao construir e observar um terrário são: transpiração nos vegetais, fotossíntese, desenvolvimento de plantas e microrganismos, ecossistemas e interações ecológicas entre fatores bióticos e abióticos do meio ambiente, ciclos biogeoquímicos (ciclo da água, carbono, oxigênio), efeito estufa, com interação entre a biologia, a física e a química.

Terrários dos alunos do 6º ano da EMEF Henfil no ano de 2015. 
(Foto: Maria Helena Pereira)

Objetivos:
·       Associar a montagem do terrário como funcionamento dos ecossistemas e os ciclos de água, oxigênio e gás carbônico.
·       Observar a interação entre os vegetais, o solo e a água.
·       Identificar os elementos necessários para realização da fotossíntese, luz solar, gás carbônico, sais minerais e água.
·       Observar e compreender o ciclo da água.

Material:
·       Recipiente de vidro ou plástico transparente e com tampa
·       Pedrisco
·       Areia
·       Carvão Vegetal em pó (não foi utilizado na atividade em sala). É colocado um pouco antes da terra, sobre a areia.
·       Terra adubada ou Substrato (Areia, terra e composto orgânico)
·       Plantas


Procedimento:
1.     Lave o recipiente com detergente, enxague e seque bem. É importante que ele esteja bem limpo para evitar a proliferação de fungos e bactérias.
2.     Coloque camadas de pedrisco, areia e terra. Essas camadas representam, de forma simplificada, as condições favoráveis que as plantas precisam para se desenvolver com saúde. Os pedriscos e a areia farão a drenagem da água, o carvão irá absorver os gases gerados evitando o mau cheiro e o substrato servirá de base fixadora e fornecerá os nutrientes necessários para as plantas.
3.     Introduza as plantas e se necessário utilize gravetos para fixa-las;
4.     Firme o solo em volta dos exemplares;
5.     Regue pouco;
6.     Vede bem

Observações:
O carvão vegetal é utilizado para evitar o apodrecimento das raízes, evita o mal cheiro e o aparecimento de fungos.
O seu terrário precisa de iluminação, mas não deve ficar exposto ao Sol.
O terrário irá ficar por algumas horas durante o dia com as paredes transpiradas, mas logo deverá precipitar e as paredes se tornarão limpas novamente. Caso você perceba que seu terrário está sempre em transpiração, isto significa excesso de água, abra-o e deixe evaporar por um tempo, depois vede novamente.
No caso de falta de água, você irá perceber pela não transpiração. Neste caso, regue um pouco mais (sem exagero).
A camada de terra serve para alimentar a planta. As pedrinhas e o carvão servem para drenar a água. O terrário se mantém sozinho, mas verifique toda semana se é necessário colocar um pouco de água. Deve-se ter o cuidado de não exagerar na água, para as raízes das plantas não apodrecerem. Você pode colocar mais plantas ou substituí-las.

Registro do Experimento

ü Nome do experimento: Terrário
ü
Data da montagem:
ü Objetivos:
ü Materiais utilizados:
ü Procedimento:
·           Descrição do procedimento de montagem.
·           Desenho ou foto.
ü Resultados:
·           Relatar todos os eventos ocorridos em relação ao experimento.
·           Relatar brevemente as mudanças observadas no terrário, quais suas impressões. Repetir semanalmente.
·           Data da observação:
·           O que aconteceu?
·           Desenho da observação (desenhar como está o terrário)
ü Conclusão:

Questões:
1.     Qual é a finalidade de se tampar o terrário?
2.     Como se explica a não necessidade de regas?
3.     Por que as plantas conseguem sobreviver mesmo com o terrário fechado?
4.     Existe alguma semelhança entre o funcionamento de um terrário e uma floresta? Justifique.
5.     O terrário tampado não impede a entrada de oxigênio para a respiração da planta?
6.     Por que o terrário não deve receber incidência de luz diretamente do sol?
7.     No terrário, há grande contribuição da transpiração, respiração e fotossíntese da planta para o ciclo da água. O mesmo se repete na natureza?
8.     Esquematize os ciclos observados no terrário.

Fontes: 
http://www.ameninadodedoverde.com.br/site/?p=6843. Acesso em 10 ago. 2015.
http://blogdacincia.blogspot.com.br/2008/02/o-terrrio-como-um-microecossistema.html.  Acesso em 05 fev. 2013.
http://www.turminha.mpf.gov.br/proteja-a-natureza/aprenda-a-fazer-um-terrario. Acesso em 26 fev. 2013.

Mitos e lendas sobre a Criação do Mundo

“Nós vemos a obra do Grande Espírito
em quase tudo que existe: no sol, na lua,
nas árvores, nos ventos,
nas montanhas...
Acreditamos num Ser supremo,
com uma fé mais forte
que a de muitos “brancos”
que nos chamam de pagãos.”

Tatanga Mani da Nação Stoney (Canadá)

            Há milhares de anos, povos das mais diversas culturas têm criado histórias para dar sentido ao mundo ao seu redor. Os mitos não se baseiam somente em fatos. Muitos deles descrevem as crenças de povos antigos e revelam os deuses e as deusas por eles adorados. Alguns deuses míticos foram representados com a aparência humana. Eles exerciam grande poder sobre o mundo desde a Antiguidade. Antes de compreenderem os acontecimentos naturais com a ajuda da Ciência, como as tempestades, as enchentes, o pôr-do-sol ou até uma boa colheita, as pessoas acreditavam que tudo isso fosse causado pelos deuses.
            No começo, os mitos não eram escritos. Os poetas e os contadores de histórias guardavam tudo na memória e transmitiam para as gerações seguintes. Mais tarde, os escribas começaram a registrar as histórias tradicionais. Escritores da Grécia e da Roma antigas, da China e da Índia deixaram registros de seus mitos mais importantes para as próximas gerações lerem. Em outras culturas, como algumas africanas, a norte-americana e a aborígene australiana, os mitos ainda são relatados oralmente.
            Antes de as pessoas conhecerem a origem do mundo, os mitos já existiam para explicar como os seres e as coisas haviam sido criados. São histórias sobre os primeiros tempos da Terra e o surgimento dos seres humanos, das plantas e dos animais. Em vários mitos, terra e mar teriam sido formados a partir do caos ou do nada por um grande deus ou espírito.

Histórias Indígenas

            No Brasil atual, vivem cerca de 900 mil índios, que falam 274 línguas e se dividem em 305 etnias (Censo 2010, IBGE). Muitas dessas línguas são tão diferentes entre si quanto o português com relação ao russo ou ao árabe. Cada povo possui a sua língua e a sua cultura, que são também bastante distintas umas das outras.
            O Brasil é, portanto, um dos países com a maior diversidade cultural e linguística do mundo. Quando chamamos todos esses povos que vivem aqui de indígenas, não conseguimos perceber a diversidade real que os caracteriza. O nome “indígena” não deve nos fazer esquecer da existência dos Yanomami, dos Marubo, dos Guarani, dos Bororo, dos Kuikuro, dos Wayâpi, dos Desana, dos Kaxinawá e de outros tantos povos distribuídos  por todo o Brasil e por seus países vizinhos.
            Essa diversidade de línguas e de culturas faz com que os povos indígenas tenham, também muitos conhecimentos. Eles tem os seus modos de classificar os animais e as plantas, sabem nomes de constelações e conhecem remédios para curar diversas doenças, além de possuírem muitas festas e rituais.
            Uma das maneiras mais importantes de transmitir todos esses conhecimentos é pela tradição oral. Através dela, algumas pessoas consideradas mais sábias, em geral os mais velhos e o pajés, costumam narrar histórias sobre a formação do mundo e dos seres humanos, além de toda uma série de acontecimentos que se passaram nos tempos antigos.
            Na tradição europeia, o mito é considerado algo fictício ou fantasioso, em suposta oposição aos acontecimentos históricos, que seriam verdadeiros, comprovados por documentos e fatos. Segundo esse ponto de vista, as narrativas contadas pelos povos indígenas não poderiam ser verdadeiras porque tratam de temas extraordinários, como os feitos dos espíritos, a vida depois da morte ou a transformação de humanos em aniamis. Elas não passariam, portanto, de mitos, lendas ou contos, mas não histórias que, do ponto de vista de seus narradores, realmente aconteceram.
            Através do estudo de outras culturas e formas de pensamento, sabemos hoje que a verdade não é universal, assim como as formas pelas quais pode ser contada. O importante, assim, é saber que essas narrativas são verdadeiras do ponto de vista dos povos indígenas, tão verdadeiras quanto são para nós as histórias da independência do Brasil ou da evolução humana.
            É através desses episódios, escutados da boca dos narradores, que as pessoas em uma aldeia entendem o mundo e tudo o q nele existe, da mesma forma que nós aprendemos com livros e aulas nas escolas. Mas as narrativas indígenas também tem outra diferença em relação à nossa literatura: elas não são inventadas por um indivíduo específico, como um romance pode ser atribuído a um escritor. São histórias que foram contadas pelos antepassados, que sempre existiram assim e que são apenas mais próximos ou mais distantes.  É por isso que essas narrativas não são fruto da imaginação de uma só pessoa: cada narrador é responsável por modificar alguns detalhes das histórias que conta, além de possuir um estilo próprio que o diferencia dos demais.
            Muitos dos Guarani ainda sabem a sua versão da história da formação do mundo. Mesmo vivendo em condições de vida difíceis  por conta de pressões de fazendeiros, problemas de saúde e outras dificuldades na relação com os brancos, eles não as esqueceram. Na verdade, narrar essas histórias é, muitas vezes, uma forma de resistir aos tempos difíceis.
Os eventos das narrativas se passam em um tempo muito antigo, no começo do mundo. As primeiras humanidades que existiram não eram iguais às de hoje. As pessoas conseguiam se transformar em animais diversos. Não tinham uma forma muito definida. Hoje em dia, alguns pajés ainda conseguem se comunicar com esses habitantes dos tempos primeiros. Quando as almas dos pajés saem do corpo, encontram os espíritos e os antepassados que continuam a viver em seus lugares, conseguindo assim, viver o tempo antigo. Através da leitura de histórias, passamos por uma experiência parecida, pois nossa imaginação também nos transporta para outros mundos e tempos.


Iamandu (ou Nhanderu ou Tupã), o deus Sol e realizador de toda a criação (Mitologia Tupi-Guarani).

Bibliografia:
CESARINO, Pedro. Histórias Indígenas dos Tempos Antigos. São Paulo: Claro Enigma, 2015.
GANERI, Anita. Mitos: Histórias de deuses e heróis e missões divertidas. São Paulo: Publifolhinha, 2015.
GOULART, Michel. 10 mitos de criação da vida e humana In: História Digital. Disponível em: <http://www.historiadigital.org/curiosidades /10-mitos-de-criacao-da-vida-e-humana/>. Acesso em: 08 abr. 2016.
GUARANI, Emerson e PREZIA, Benedito. A criação do Mundo e outras belas histórias indígenas. São Paulo: Formato Editorial, 2011.

VAL, Vera do. A criação do Mundo e outras lendas da Amazônia. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2008.