terça-feira, 13 de junho de 2017

Estudo dos fósseis

A Terra é habitada por mais de 2 milhões de tipos de animais e plantas. Mas, isso tudo é apenas uma parte de tudo que já existiu. Já devem ter surgido e acabado uns 500 milhões de tipos de animais e plantas desde que começou a vida sobre a Terra, há uns 4 bilhões de anos.

Bichos e plantas que não existem mais? 

Como temos conhecimento deles?

Através de fósseis!

Os fósseis são registros de seres vivos que existiram no passado e que, de alguma forma, foram conservados. Esses seres vivos podem estar preservados em rochas, areia ou gelo. No entanto, é importante lembrar que fósseis não são apenas ossos. Uma pegada pode ser um fóssil e, até mesmo, as fezes. 
Todos os seres vivos morrem e sabemos que rapidamente seus restos desaparecem da natureza. Para que esse ser vivo se transforme em fóssil, ele não pode ser decomposto após sua morte. Sendo assim, ele deve ser rapidamente recoberto por fragmentos de rocha (sedimento), congelado ou aprisionado por substâncias produzidas por vegetais (âmbar). 
Assim, quando um organismo vivo morre, o processo natural é feito por meio da decomposição oriunda da proliferação de bactérias e fungos. No entanto, os restos deste organismo podem permanecer no solo, por exemplo, pelo soterramento desses vestígios que se sedimentam com o tempo, interrompendo assim, o processo de decomposição.
Os fósseis são formados quando um animal ou uma planta é enterrado em sedimento. Geralmente, as partes mais moles se decompõem e as mais duras se preservam. Por isso, a maioria dos fósseis consiste em ossos e carcaças de animais ou folhas e partes lenhosas de plantas. Eles são encontrados principalmente no calcário e no xisto. Muitos consistem em plantas e animais extintos, como os dinossauros, e revelam detalhes da vida há milhões de anos. Fósseis que mostram pegadas ou tocas, em vez de restos, são chamados "fósseis de traço".

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ID 2430297 ©  | Dreamstime.com
Antes de apodrecer, há milhões de anos, ele foi sendo enterrado no fundo da lagoa por uma espécie de "barro" finíssimo que os rios iam trazendo lá das montanhas.Como o peixe da figura ao lado foi parar dentro da pedra?

Milhões de anos vão passando: os rios continuando a aterrar a lagoa e a cavar cada vez mais as montanhas. Ora, durante todo esse tempo o fundo da lagoa foi ficando duro feito pedra.
Um dia, quando já não havia lagoa, nem montanha e os cientistas deram a sorte de quebrar a pedra bem onde estava o peixe.



A Importância dos Fósseis

É através dos estudos sobre os fósseis que podemos conhecer melhor a história do planeta em tempos remotos, identificada pelos vestígios que marcaram determinada época. Um exemplo notório é os fósseis encontrados dos dinossauros, posto que se não fossem estudados nunca saberíamos que esses répteis gigantescos viveram no planeta muito antes da raça humana habitá-lo.
Assim, os fósseis são as provas mais concretas da existência de vida no planeta, sendo uma importante ferramenta de estudos entre os biólogos, arqueólogos, paleontólogos e geólogos, na medida que revelam as transformações que ocorreram nos seres vivos e no próprio planeta durante anos.
Por esse motivo, a conservação dos fósseis revela grande importância histórica para o estudo da evolução da vida. O trabalho de encontro dos fósseis é executado pelo paleontólogo, realizado por meio da escavação de um local e da coleta do material. Atualmente é possível encontrar muitos fósseis em diversos museus de história natural espalhados pelo mundo.

Fóssil de uma espécie de crocodilo datado com mais de 160 milhões de anos

Fossilização

A Fossilização representa os diversos processos de transformação de restos ou vestígios muito antigos, denominados fósseis. Os fósseis podem ser de origem vegetal ou animal por exemplo, as conchas, ossos, dentes, troncos, folhas, pegadas, dentre outros. Através deles, podemos observar a evolução dos seres no decorrer da história do planeta.
Assim, quando um organismo vivo morre, o processo natural é feito por meio da decomposição oriunda da proliferação de bactérias e fungos. No entanto, os restos deste organismo podem permanecer no solo, por exemplo, pelo soterramento desses vestígios que se sedimentam com o tempo, interrompendo assim, o processo de decomposição.
Com o passar do tempo, esse fóssil que estava soterrado volta à superfície, sendo objeto de estudo de diversas áreas: história natural, geologia, biologia evolutiva, arqueologia, paleontologia, dentre outras.
Observe que no processo de fossilização é mais comum acontecer nas partes rígidas do ser, ao invés das partes moles. No entanto, isso pode ocorrer, por exemplo, na mumificação, em que as partes moles e duras o ser vivo permanecem.





Tipos de Fossilização

A fossilização depende da composição química original do organismo, da matriz circundante e do tempo que levou para se fossilizar. Mudanças químicas podem tanto preservar o organismo na rocha como usar o espaço ocupado por ele como um molde, criando sua imagem na pedra milhões de anos após sua morte.
Note que a fossilização é um processo muito lento, que pode durar milhões ou bilhões de anos, sendo também muito complexo, pois envolve as condições climáticas, agentes físicos e químicos, bem como a morfologia dos organismos envolvidos. De tal modo, dependendo dos fatores de atuação no organismo após sua morte, que o transformou num fóssil, os principais tipos de fossilização são classificados em:
Mineralização: Também chamado de "permineralização", esse processo ocorre pelo envolvimento dos minérios nos organismos, resultando na transformação da matéria orgânica por calcário, sílica, etc.; e com isso, são preservados ao longo do tempo.
Mumificação: Também chamado de “conservação”, é considerado o mais raro dos processos de fossilização, o qual mantém as partes duras e moles dos organismos. A mumificação pode ocorrer através de uma resina vegetal denominada âmbar, que conserva restos dos animais, ou ainda, pelo congelamento dos seres, tal qual ocorreu com os mamutes na era glacial.
Restos Rígidos: Designa o tipo mais comum de fossilização, mediante as ossadas e partes rígidas dos seres encontrados. Note que só sabemos da existência dos dinossauros, através dos restos rígidos encontrados em diversas partes do mundo.
Marcas: Demostram os diversos tipos de vestígios deixados pelos seres vivos, sejam rastros, pegadas, túneis, habitações, ovos, fezes (coprólitos).
Moldagem: equivalente à mineralização, no entanto, no processo de moldagem dos fósseis os organismos desaparecem, mas permanece o molde (da estrutura interna ou externa), ou seja, uma reprodução da parte rígida. É um processo muito comum, e geralmente são encontrados em pedras ou rochas. Por sua vez, o processo de contramoldagem é reproduzido pelo preenchimento de minérios no interior do molde.


Fonte:

http://escolakids.uol.com.br/fosseis.htm
https://www.todamateria.com.br/fossilizacao/
http://bioorbis.blogspot.com.br/2013/12/fosseis-desvendando-vida-no-passado.html



Bom trabalho!
Prof. Helena

Vamos fazer um fóssil?

Fósseis novos em folha

Entre os materiais estão: potes de margarina ou outros, pó de argila branca seca, argila molhada e folhas ou penas, espinhas de peixe, ossos, conchas.

A) Espalhe o pó de argila no fundo e nas paredes do pote, até uma altura de 2 cm;

B) Forme uma bolacha de 3 cm de altura com argila molhada. Aperte no fundo do pote e polvilhe com argila seca;

C) Coloque o objeto a ser fossilizado sobre a bolacha de argila e aperte bem;

D) Cubra a folha com uma segunda porção de argila seca, tendo o cuidado de não deixar falhas;

E) Faça uma nova bolacha de argila molhada, igual à anterior, e coloque por cima de tudo, apertando bastante;

F) Tampe o pote e deixe a argila secar por três dias. Vire ao contrário e bata de leve no fundo para desgrudar. Abra com cuidado o sanduíche de argila que caiu na tampa do potinho;

G) Separando as duas bolachas de argila você vê dois fósseis: na primeira, está o molde fóssil e na segunda bolacha, que ficou no fundo do recipiente, está a marca fóssil, o contramolde da folha.

Fonte: Revista "Nova Escola", nº 88, páginas 30 e 31.


Fóssil de folha natural

Os fatos que ocorreram no passado sempre aguçaram a curiosidade do homem, desse modo, os fósseis podem revelar informações importantes para desvendar acontecimentos ocorridos há milhões ou até bilhões de anos.

Materiais:

• Massa de modelar.
• Uma folha de planta de tamanho médio.
• Um pedaço de cartolina medindo 20 cm de comprimento e 5 cm de largura.
• Fita adesiva.
• Uma tigela.
• Uma colher de sopa.
• ½ copo de água.
• Cinco colheres de gesso em pó.

Modo de fazer:

1° passo: Pressione a massa de modelar sobre uma superfície plana (mesa, bancada, entre outros) e coloque a folha da planta sobre ela.

2° passo: Com a cartolina faça um anel, unindo as pontas com a fita adesiva. Agora encaixe o anel sobre a massa com a folha.

3° passo: Pegue a tigela e misture homogeneamente a água e o gesso. Coloque a mistura dentro do anel de cartolina, de modo que cubra a folha.

4° passo: Espere cerca de trinta minutos para que a massa e o gesso sequem, depois retire a cartolina e está pronto seu fóssil vegetal.

Fonte: Eduardo de Freitas. Equipe Brasil Escola. Disponível em: http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/confeccao-um-fossil-sala-aula.htm. Acesso em: 12 jun. 2017.
Outras sugestões: http://incrivelmundodaciencia.blogspot.com.br/2011/03/fossil.html

Atividade realizada com o 6º ano B na EMEF Guimarães Rosa - 26/06/2017